domingo, 22 de abril de 2012

Anos 50



“Moda francesa dita a alta costura, enquanto a italia influi nos modelos esportivos. Já a moda brasileira nasceu por necessidade climatica(...)nossa moda é tropical, com tecidos leves e estamparias mais vivas”
Dener P. Abreu

Esportes
· Realização da Copa do Mundo de futebol no Brasil, em 1950. O Uruguai sagrou-se campeão após vencer a seleção brasileira, em pleno Maracanã, pelo placar de 2 a 1.
· A FIA (Federação internacional de Automobilismo) organiza o primeiro Campeonato Mundial de Formula 1, em 1950.
· Em 29 de junho de 1958, o Brasil torna-se, pela primeira na história, campeão da Copa do Mundo de Futebol. O evento ocorreu na Suécia.
Ciência e Tecnologia
· Em 1957, o Sputinik II coloca em orbita da Terra o primeiro ser vivo, a cadela Laika.
· A corrida espacial e a guerra fria entre E.U.A. E URSS

Comunicações
· A TV Tupi, inaugurada em setembro de 1950, é o primeiro canal de televisão da América Latina.
Guerras e Conflitos
· Começa a Guerra da Coréia em 25 de junho de 1950. A guerra termina em 27 de julho de 1953.
· Em 1959, ocorre a Revolução Cubana. O líder da revolução, Fidel Castro, torna-se presidente de Cuba
· Começa, em 1959, a Guerra do Vietnã.

Cultura e Arte

No dia 20 de outubro de 1951, é inaugurada a I Bienal Internacional de Arte de São Paulo.

Política
· Em 6 de fevereiro de 1952, Elizabeth II torna-se rainha da Inglaterra.
· Em 24 de agosto de 1954, ocorre o suicídio do presidente do Brasil Getúlio Vargas
· Em outubro de 1955, Juscelino Kubitschek  é eleito presidente do Brasil.

Economia
· Criação da empresa estatal Petrobrás, em 1953.
· Assinado o Tratado de Roma, em 1957, estabelecendo a Comunidade Econômica Européia (CEE).

Música
· Com muito rock e um estilo dançante, Elvis Presely  começa a fazer sucesso em 1956.
· A estilo musical brasileiro Bossa Nova começa a fazer sucesso. Os maiores representantes deste movimento foram: Tom Jobim, Vinícius de Morais e João Gilberto.
· No final da década de 1950, é formada a banda de rock Beatles.

Cinema
A década de 50 foi de revelações femininas no cinema.Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, o das ingênuas chiques, encarnado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e o estilo sensual e fatal, como o das atrizes  Rita Haworth e Ava Gardner, como também o das pin-ups americanas, loiras e com 

Marilyn Monroe


No Brasil, desfilavam os playboys de Copacabana em seus Cadilacs e cabelos penteados com o dedo ao estilo de Elvis. Sapatos brancos mocassim, calça rancheira e camisa Ban-Lan. A juventude rebelde andava de “Lambreta” e mascavam chicletes. Os homens usavam “Ray Ban” e as mulheres, lenço no pescoço. Com a explosão feminista, Marilyn Monroe era símbolo sexual no Brasil e Marta Rocha, que perdeu o titulo de Miss Universo pelas duas polegadas a mais de quadril, passa a ser o ícone de beleza brasileira. Na moda praia, as extensas roupas de banho femininas perderam espaço para o ousado maiô, que mostrava as coxas e os ombros.



Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias.
Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período. Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o "New Look" Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação.E foi o mesmo Christian Dior quem liderou, até a sua morte em 1957, a agitação de novas tendências que foram surgindo quase a cada estação.


New Look Dior.


Heubert de Givenchy (1927)

A extrema elegância sempre foi a principal marca das criações clássicas de Hubert de Givenchy, um francês reconhecido mundialmente por seu trabalho coerente e requintado.Givenchy se aposentou em 1995 e não mais participa do mundo da moda. O atual responsável pela criação da marca é o inglês Julien Macdonald, que veio substituir Alexander MacQueen, desde março de 2001.



"Para os que se preocupam com qualidade, o prestígio é a coisa mais importante. Acredito sempre na alta-costura e desejo que ela dure até o fim da minha carreira. Sempre a defendi, com a perfeição que ela implica. Não há duas maneiras de se exercera profissão. Sucesso não é prestígio. O sucesso é passageiro, o prestígio é outro assunto. Ele persiste depois da gente. É preciso trabalhar para não ter trabalhado em vão."
Givenchy

 


"Bonequinha de Luxo"


A atriz Audrey Hepburn (1929-93) traduzia o ideal de elegância e glamour que Givenchy queria para suas roupas. Era a mulher perfeita para vestir suas criações, sempre impecavelmente bem proporcionadas.

"Eu trabalho mais sobre modelos vivos que com manequins de madeira. Os manequins vivos são fonte de inspiração. Audrey Hepburn encarnou, para mim, um ideal feminino, por suas proporções e também por sua imagem."
O guarda-roupa criado por ele, que vestiu Hepburn, para o filme "Bonequinha de Luxo", de 1961, se tornou exemplo de sofisticação clássica, com seus vestidos pretos e formas limpas.
Em 1998, numa edição comemorativa limitada, a Barbie, boneca mais vendida no mundo, foi vestida com o famoso vestido preto longo do filme "Bonequinha de Luxo".



Cena do filme : Bonequinha de Luxo.


O trabalho precioso e a história do criador da Maison Givenchy foi retratado em um documentário que será lançado na FIFA (International Festival of Films on Arts) em Montreal (15 a 25 de Março) com uma ótima seleção de filmes de arte, incluindo o documentário de Karim Zeriahen, "Monsier Hubert de Givenchy" (2011). O filme também mostra a colaboração do designer com Audrey Hepburn em Sabrina (1954) e Bonequinha de Luxo (1961). Podemos esperar uma nostalgia em volta do estilista, ainda vivo, para a próxima temporada, assim como a atual tendência dos anos 70, mostrada nas passarelas de verão 2011 de Marc Jacobs, Gucci, Fendi e outras marcas que sentiram o impacto do trabalho de Yves Saint Laurent, na retrospectiva do estilista no ano anterior. Assista o vídeo da última coleção de Menswear da Maison, desfile da temporada de Outono Inveno 2012 em Paris, embalado por uma ótima trilha sonora 

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Louis Féraud (1920-1999)


Louis Féraud nasceu em Arles, França em 13 de Fevereiro de 1921. Estilista, pintor e autor de alguns livros.  Foi casado duas vezes e teve uma filha Dominique (conhecida como Kiki).  Serviu como tenente da Resistência francesa na Segunda Guerra Mundial. Féraud se inspirava em várias culturas principalmente as da América do Sul, há o uso sensível das cores, formas geométricas, bordados, o uso divertido do preto e brando faz parte do seu projeto, por ser um homem que admirava, adorava as mulheres isso fez com que ele entrasse para o mundo da alta costura francesa, produzia para mulheres à procura de conforto e liberdade mas sem perder a sensualidade.
Em 1947 se estabelece em Cannes e em 1950  cria sua primeira “Maison de couture”, a qual foi prestigiada por muitas estrelas de cinema como Roger Vadim e Brigitte Bardor ,que após usar os vestidos em público começava uma onda de Féraud com isso alavancou a reputação do estilista que dentro de uma semana chegou a vender 500 vestidos.



Vestido com bordado   
          
Em seguida tornou-se figurinista. Em 1958, teve sua primeira apresentação em um evento de moda em Paris, se juntou ao grupo de “haute-couture” como Dior, Balenciaga, Lanvin e Givenchy, sua fama percorreu EUA, Japão e a Europa


Em 1960 mudou-se para Paris e contratou jovens designers desconhecidos como Jean-Louis Scherrer, Féraud cria seu primeiro perfume chamado de Justine. Em 1968 apresentou a linha em Moscou e lá descobriu Tamara (uma bailarina) e ela se tornou a primeira modelo russa em Paris.Apresentou o prêt-à-porter no Rio de Janeiro e começou a vender também no Brasill. Em 1970 assinou um contrato com a Fink (Alemanha) para uma coleção senhoras prêt-à-porter, abriu showrooms em Paris, Londres, Nova Iorque e Dusseldorf. A grife abriu várias lojas em tudo o mundo e também criou roupas e perfumes masculinos. Em 1978 ganhou o prêmio “Golden ThimbleAward” da sua coleção Primavera/Verão Haute couturecollection. Em 1980 desenvolve vários perfumes entre eles o Fantasque com a Avon dois anos depois lança o o perfume Fer para homens.

Perfume Fantasque para Avon

Em 1984 ganhou novamente o “Golden ThimbleAward” para o Primavera/Verão. Em 1987 sua filha Kiki teve sua primeira contribuição para a coleção de alta costura. Féraud nunca deixou sua paixão por pintura de lado, pintava paisagens, flores e moda nu também eram vendidos em Paris e Londres e em 1988 foi eleito o melhor em uma exposição de pintura em Paris, as suas pinturas eram vendidas pelo mesmo preço de suas roupas de alta costura, Louis lança uma linha sportwear. Em 1996 Féraudabri o caminho para sua filha e ela lança a sua primeira coleção de alta costura.


Kiki Freud mostra sua obra

Valentino 1932

 Valentino Garavani nasceu na cidade de Voghera. Seus estudos foram feitos na Academia de Arte de Milão e, mais tarde, na Chambre Syndicale de la Haute Couture, em Paris. Ali, de 1950 a 1955, trabalhou com o estilista Jean Dèsses, passando depois para a Maison de Guy Laroche

Em 1959, abriu sua casa de alta costura em Roma. No ano seguinte, Valentino apresentou sua primeira coleção, mas teria que esperar até 1962, quando mostrou seus modelos na cidade de Florença, para ganhar fama internacional, que mantém até hoje, com uma produção de grande estilo e qualidade.Suas roupas já foram mais suntuosas do que as de hoje em dia, e não poupavam detalhes extravagantes, como grandes laços, mas ele soube adaptar-se muito bem à luxuosa simplicidade exigida pelos novos tempos. Sua clientela sempre foi a mais estrelada possível, com a atriz italiana Sophia Loren encabeçando uma lista que incluiu a princesa Margareth, da Inglaterra, Jacqueline Kennedy , também a princesa Diana..





A coleção de primavera/verão 2012, apresentada na Semana da Moda de Paris, foi supreendente.













Anos 40


Em meados da segunda guerra, muitos estilistas fecharam as portas como Chanel, Vionnet e Mainbocher, ou mudaram de suas Maison em Paris, causa da invasão dos alemães,resistiram ainda 92 ateliês  que sobreviveram sob regras do governo que limitava sobretudo a quantidade de tecidos. Nova Iorque então se tornou um grande centro da moda, os vestidos americanos nessa época eram considerados sóbrios e de cores neutras, com saias com uma ou duas pregas que se abriam a partir de cinturas bem marcadas.O estilo militar que veio do final dos anos 30 perdurou até o final da guerra, fazendo o uso de tecidos mais baratos para confecção destas roupas, pois a falta de tecidos fez gerar a procurapor esses materiais.  Ainda outro materiais sumiram do mercado, surgindo sua substituição,( por exemplo: saltos de sapatos de madeiras e chapéus feitos de lascas e de jornal).



As roupas dessa época tinham um corte reto e masculino, com jaquetas com ombros acolchoados e angulados, com tecidos pesados e resistentes como tweed, as saias eram curtas e franzidas, ascalças se tornaram populares assim como as saias e as blusas com magas compridas, junto com o uso de meias soquetes ou simplesmente as pernas de fora, já que as meias estavam escassas e ainda conjuntos que permitiam que as mulheres usassem.Os cabelos das mulheres estavam mais compridos, com isso aumentaram o uso dos grampos, lenços e turbantes.


 Cabelos maiores e ondulados na mulher dos anos 40.

 Entre os estilistas da época estão Charles James que criou roupas belíssimas e chegou a antecipar o “New Look” de Dior. Christian Dior nasceu na França antes de se torna famoso, trabalhou para Maison Lucein Long, junto com Pierre Balmian, abriu sua própria Maison em 1947, com uma coleção chamada de Linha Corola,  nomeada assim pelo uso das saias godês que abriam como corola das flores, que mais tarde ficou conhecida como New Look, essa coleção compreendia corpetes amarrados, cinturas justíssimas, e saias bem mais compridas.
Criação de Charles James.

Durante a guerra, a alta-costura ficou restrita às mulheres dos comandantes alemães, dos embaixadores em exercício e àquelas que de alguma forma podiam frequentar os salões das grandes maisons. 
Alguns estilistas abriram novos ateliês em Paris durante a guerra, como  Jaques Fath (1912-1954) um francês, nascido em Maison-Lafitte, foi guarda-livros e corretor da Bolsa de Valores, depois de prestar o serviço militar durante um ano e meio começou a trabalhar com dedicando-se ao estudo do desenho de roupas.

Fath abriu seu primeiro salão em 1937, e conseguiu rápido reconhecimento. Em 1939, criou roupas em um estilo que,com a silhueta feminina delineada com sensualidade, em modelos de cintura fina, grandes decotes e muita elegância. A fama internacional, porém, só chegaria após a 2ª Guerra Mundial. 
No final dos anos 40, Fath foi para os Estados Unidos, onde se tornou muito conhecido, principalmente depois da criação de uma linha de prêt-à-porter


Jaques Fath.

Muitos de seus modelos foram ilustrados, para revistas da época, por René Gruau, artista italiano de muito sucesso durante mais de cinqüenta anos. Também lançou as meias finas femininas com a parte superior em renda chantilly. Nina Ricci (1883-1970) e Marcel Rochas (1902-1955), um dos primeiros a colocar bolsos em saias. Alix Grès (1903-1993) chegou a ter seu ateliê fechado logo após a inauguração, em 1941, pelos alemães, por ter apresentado vestidos nas cores da bandeira francesa. Sua marca era a habilidade em drapear o jérsei de seda, com acabamento primoroso

Alix Grès 

A moda dos anos 40 continua sendo uma forte influência para a atualidade, e essas referências são visíveis no desfile da grife Sacada em sua coleção de inverno 2012.






Anos 30


A crise de 29, causada pela queda da bolsa de valores de Nova Iorque, que levaram ao desemprego de milhares de pessoas e falência de várias empresas, isso se refletiu na moda através revalorização das formas do corpo da mulher (que nos anos não 20 foram exaltadas), mas sem ostentação, pois o contexto histórico não permita isso.
Os cabelos antes curtos começaram a crescer junto com as saias, os materiais eram mais baratos como tecidos de algodão, que eram vistos em vestidos mais sofisticados, estes eram justos e mais retos, também com decotes mais profundos e cavas maiores.  Os decotes longos nas costas (herança da década anterior), foi uma característica que marcou essa época, que mostrou também uma ligação forte com esporte, e com o hábito de ir a praia.


As formas das mulheres eram destacadas naturalmente,assim como o que demonstra-se ser simples, o uso do sutiã, foi adquirido neste período. No final dos anos 30 as roupas assumiram uma característica mais militar, (causa da Segunda Guerra), o que gerou uma aproximação dos modelos entre vários estilistas
A influência de atrizes como Greta Garbo, Katharine Hepburn e Marlene Dietrich mostra o padrão de beleza dessa época, pois o cinema sempre foi referencial disto, um corpo magro, esportista, mas com um visual elegante com sobrancelhas e pálpebras marcadas, viram modelos para inúmeras pessoas. Houve também a criação de estampas em maios e suéteres, e a utilização dos óculos escuros.

A influência de atrizes como Greta Garbo, Katharine Hepburn e Marlene Dietrich mostra o padrão de beleza dessa época, pois o cinema sempre foi referencial disto, um corpo magro, esportista, mas com um visual elegante com sobrancelhas e pálpebras marcadas, viram modelos para inúmeras pessoas. Houve também a criação de estampas em maios e suéteres, e a utilização dos óculos escuros.






As atrizes :Greta Garbo, Katharine Hepburn e Marlene Dietrich

 A Estilista como Elsa Schiaparelli, teve destaque pela sua ousadia em suas criações, com influencias do surrealismo, estilista italiana que se mudou para Paris em 1920, Ali Schiap (como era chamda) , fez um enorme sucesso e abriu uma loja chamada Pour Le Sport(Para  o   esporte  ) um de seus modelos foi o suéter de tricô  com uma laço branco embutido. A partir de 34 a Maison vendia roupas elegantes , sofisticadas e excêntricas , o vestido lagosta é um clássico exemplo disto. Elsa usava cores alegres e criou modelos muito originais, como o vestido famoso em que os bolsos tinham forma de gaveta, cada coleção possuía uma tema em particular, as mais famosas   a inspiradas no circo e nos instrumentos musicais.





Vestido Lagosta

Mainbocher, foi um estilista de sucesso, sobretudo em Paris, com roupas de modelagens mais serias e elegantes. Outra estilista que começou a ter sucesso foi Nina Ricci (sendo lembrada mais nos anos 50), abriu sua Maison em 1932, suas roupas eram elegantes, sofisticadas, clássicas e tinham um acabamento primoroso sendo as preferidas das mulheres mais maduras e conservadoras.

Influência dos anos, 30 na moda atual presente no desfiles da grifes Elie Sab de 2012, o estilo militar que nasceu no fim dessa década.







Anos 20



Os anos 20 foram considerado uma década de liberdade, pois depois da guerra houve a necessidade  de diversão, onde os sons como jass e o chaleston badalava a cenário (veja o vídeo desses sons:http://www.youtube.com/watch?v=JC4jJ-zFWJs), as mulheres modernas dessa época buscavam empregos mais bem pagos e traduzia esse contexto em  seu guarda-roupa . 

Foi também nos anos 20 que aconteceram as inovações tecnológicas, como eletricidade, o cinema falado, e outras construindo um campo que dura até a crise de 29. Também o estilo art-decó foi fortemente reconhecido nas criações de moda dos anos 20. Aqui no Brasil em 22, realizou-se a semana de arte moderna, que reuniu vários artistas com nomes conhecidos como: Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e tantos outros, pois gerou-se uma busca principalmente de uma expressão artística brasileira.

Catalogo da exposição da Semana de Arte Moderna

O cinema sempre foi influência para moda e atrizes como Gloria Swanson e Mary Deram, e Mary Pickfor deram referências , roupas com pernas de fora em vestidos curtos e elegantes em uma silhueta elegante e reta foram marcas dos anos 20. Tecidos leves e decotes nas costas, roupas que permitiam movimentos e que deixavam mais à mostra o corpo da mulher foram presentes. Um acessório marcante foi o chapéu “cloche” ( aqueles que eram usados juntos com cabelos curtíssimos, os chamados “  la garçone”  #febrenessadécada .

Chapéu Cloche.

Como falar doas nãos 20 sem citar Coco Chanel ?. A estilista  que imortalizou o terninho, o corte reto, os cardigãs, e tantos outros elementos (como o Chanel n°5, que a tornou milionária) e que viraram moda e se tornaram  em looks atuais. Com estilo e elegância, Gabrielle "Coco" Chanel revolucionou a década de 20, libertando a mulher dos trajes desconfortáveis e rígidos do final do século 19. Um verdadeiro mito, Chanel reproduziu sua própria imagem, a mulher do século 20, independente, bem-sucedida, com personalidade e estilo. Seus modelos simples, ao alcance da mulher de bom gosto e de poucos recursos, foram muito imitados e confeccionados em mais categorias de preços do que qualquer outra criação da alta-costura. O “little black dress”o pretinho básico, de 1926, nasceu em meio a febre do decó (que privilegia o preto) se tornou curinga do guarda-roupa feminino, o “Ford dos vestidos” nas palavras da Vogue americana.  Foi ela também quem introduziu as falsas jóias ao mundo da moda. Chanel sempre gostou de usar muitos acessórios, como colares de correntes ou pérolas de várias voltas.





Pretinho básico criado por Chanel.


.Vários outros estilistas se destacaram nessa época assim como: Jean Patou que desenhava uma linha sportwear, criou roupas de banho que revolucionaram moda praia, Patou também fazia roupas para atrizes famosas, ele foi o primeiro estilista a assinar seus projetos. E Madeleine Vionnet que buscava principalmente a pureza das formas, o movimento em suas criações, onde trás formas, o movimento e o equilíbrio em suas criações, onde estão presentes formas como o quadrado e o retângulo, bem como cores sóbrias, o preto e o branco e apresenta-se também como a primeira estilista conceitual de sua época.


Os anos 20 continuam sendo referência para moda, a coleção 2012 da grife Ralph Lauren, apresentam essas influências.







Acompanhe o desfile na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=-tjWU-us2E8.









1900 a 1914 (La Belle Èpoque) e estilistas - parte ||



Paul Poiret (1879-1944)


Nasceu em Paris e era filho de um comerciante de tecidos. Desde a juventude, quando fabricava guarda-chuvas, passou a se interessar pela moda e a vender desenhos de roupa.
Em 1900, Poiret ingressou na Maison de Worth, o costureiro inglês que se instalou em Paris, onde tinha como clientes as grandes atrizes e senhoras que faziam parte da nobreza europeia e da sociedade internacional. Poiret trabalhou na Worth durante quatro anos, ate resolver abrir sua própria Maison.




Influência atual:
Carlos Miele, inverno 2011.


Em suas primeiras criações, Poiret apenas simplificou as linhas dos trajes da época. As roupas passam a deixar as mulheres mais soltas e apresentam caimento perfeito.

Porém, em 1906, ele provocou uma verdadeira revolução na moda:a grande inovação foi afrouxar a silhueta formal, eliminando o espartilho e reduzindo o numero de roupas intimas usadas pelas mulheres. Sob a influência do “estilo diretório”, ele trouxe a mulher uma silhueta inovadora.
Os vestidos de Poiret eram retos, tinham as cinturas altas reforçadas por por barbatanas para ajudar a sustentar os seios e as mulheres ainda usavam o cache-corset. Não existia ainda o sutiã. O costureiro criou também, a saia entraveè, que ia ate em baixo das canelas.
Nos anos da Belle époque Poiret, teve, assim lugarde destaque como inovador, e seu gênio revolucionário abriu as portas para grandes costureiros que vieram a dar a verdadeira feição a moda do século XX, como Madeleine Vionnet. Coco Chanel e outros.



Edward Molyneux( 1871-1949)

Estilo modernista da arquitetura deste período;
Corte militar.
suas cores eram o preto, o marinho, o bege e o cinza. 
Influência atual:

  


Jean Patou (1880-1936)

Criou roupas para práticas de esportes, corte confortável com silhuetas simples.

Influência atual:

Christophe Lemaire para Lacoste em 2011.